RP reinventam-se para crescer

Lift World

Não é otimismo. É a evidência que encontramos no World PR Report da ICCO e que se aplica a praticamente todos os países do mundo.

Uma das principais razões deste otimismo no setor da Comunicação e RP, e aqui confesso que o escrevo com entusiasmo redobrado (!), é que os CEO’s estão finalmente a levar mesmo a sério a Reputação Corporativa – reconhecem o impacto direto que esta tem nos resultados de negócio mas também nas suas próprias carreiras. Este reconhecimento faz com que a aposta nesta área tenha tanto de estratégica quanto de incisiva, permitindo que as empresas afinem os seus investimentos e atinjam resultados mais em linha com o que pretendem.

E quando se fala em investimento, desenganem-se os que pensam que é apenas no budget de Marketing que residem as grandes oportunidades! Desde 2016 que temos vindo a assistir a uma transição do budget de diferentes áreas do Marketing para as Relações Públicas. A velha conversa do “fazer mais com menos” dá lugar a um “fazer melhor com mais” (mais ≠ muito), e neste “fazer melhor” digamos que o digital ocupa o leading role, sendo absolutamente central e transversal a toda a Comunicação.

Digital Marketing, Reputation Management, Content Creation, Social Media Management, Creativity… estas são algumas das áreas que os clientes precisam que uma agência de PR tenha. É através desta capacidade instalada e da modernização da oferta de serviços que se destacam as melhores agências e as mais bem preparadas para dar tudo nesta vaga de otimismo. É na convergência sinérgica destas disciplinas que os clientes podem elevar ao máximo a criatividade das suas marcas, porque a integração das diferentes abordagens é segura.

Mas o report da ICCO não é apenas rico em otimismo. Constrangimentos económicos de cada país à parte, porque em relação a estes podemos fazer pouco, manter uma equipa com fortes digital skills continua a ser o principal desafio para as agências de RP. Escolhi a palavra “manter” porque é disso que se trata. Poderia ter dito “reter”, mas aí entraria numa lógica muito mais de marketing interno do que propriamente numa de win win entre agência e consultor, e o que precisamos agora é mesmo de perceber o que é orgânico no processo interno de people engagement. Diz o report que nas agências ainda não somos bons o suficiente a atrair e reter talento e que a principal razão é a remuneração… pagamos mal porque cobramos mal. Dá que pensar…

No topo dos desafios sublinhados neste report há destaque para um que assusta. Tem a ver com a capacidade de apostarmos cada vez mais na criação e aplicação de métricas de RP e Comunicação. Em real time, porque só assim clientes e agências conseguem fazer os ajustes necessários aos planos que têm em curso. Não é nada de novo, mas a verdade é que em Portugal ainda se acredita e investe muito pouco nesta área. Se quiserem, não é o futuro, é o agora!

BTW o LiftWorld ficou em 146º lugar entre as agências listadas no Global Top 250 PR Agency Ranking, dois lugares acima do ano anterior! Great Together.

 

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